terça-feira, 14 de outubro de 2014

Tênis prescritos baseados na pisada são efetivos na redução de lesões?


Se fizéssemos uma enquete com corredores de rua, não seria nenhuma surpresa se quase todos afirmassem adquirir tênis baseados na forma de sua pisada (os tais calçados para pronadores, supinadores ou neutros), escolha essa feita com base nas informações de um vendedor de loja de tênis, que por sua vez utilizam as informações que repassadas pelas fabricantes, que alegam ter feito pesquisas com seus produtos, mas que curiosamente nunca são publicadas em revistas científicas (não vale publicação na Contigo!).


Um trabalho publicado na JOSPT nesse mês de outubro, analisou 3 outros estudos, realizados pelas forças armadas americanas (marinha, aeronáutica e exército), que objetivavam avaliar a efetividade da redução no índice de lesões após a prescrição de calçados baseados no formato da pisada. Para a mensuração do desempenho dos tênis, foram realizados programas de treinamento físico que variaram entre 6 a 12 semanas nos estudos apurados e a escolha de uma amostra composta por militares se deu em função de uma maior homogeneidade da mesma, o que facilitou a aquisição dos dados.

Clique na figura para acessar o link do artigo


Contudo, as pesquisas não encontraram evidências sobre o uso de calçados prescritos de acordo com o tamanho do arco plantar, para a redução de lesões, desacreditando aquele vendedor que dizia que tu deveria comprar o tal tênis anti-pronação, pois teu pé é "chato", na verdade chato é gastar uma grana em algo que não tem nenhum base científica e não consegue cumprir o prometido.



A pesquisa foi publicada no mês de outubro e possui nível de evidência 1b (bem alto!)

Abraços!!!


quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Retropé, mediopé ou antepé, aonde devo pisar pra correr?

Há uma grande discussão no meio acadêmico e na prática diária sobre qual seria a região de contato inicial do pé no solo, durante as corridas de rua, alguns defendem o contato inicial com o retropé (calcanhares) e outros defendem que o contato ocorra com o mediopé ou o retropé e como isso se relaciona com determinadas patologias e/ou disfunções acometidas por corredores de rua, por isso trago esse trabalho que se soma a outros na tentativa de desmistificar essas questão.



Em 2011 foi publicado na Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy (JOSPT), umas das mais respeitadas revistas da área, um artigo que avalia a força de reação vertical do solo durante a fase de contato inicial do pé com a dor patelofemoral. Nesse trabalho os autores analisaram o padrão de contato inicial de corredoras de rua (com pelo menos 3 anos de experiência), aonde constataram um predomínio do contato inicial feito com o retropé, seguido de um treinamento de modificação da pisada, fazendo com que as mesmas fizessem o contato com o mediopé ou o antepé, para avaliar se havia melhora na sintomatologia destas.

As corredoras foram submetidas a um protocolo de treinamento de 8 sessões, sendo 4 sessões por semana, com um follow-up de 3 meses e ao fim desse período, o trabalho dos autores demostrou que a mudança no padrão de contato contribuiu com a redução da dor patelofemoral das corredoras, sendo que inclusive uma delas relatou um aumento no seu rendimento após o treinamento.


Portanto, nós fisioterapeutas, em especial os que trabalham com esportes, precisamos sempre buscar compreender melhor os padrões equivocados desenvolvidos por corredores principalmente os iniciantes, para evitar que os mesmos, no anseio de começar a correr, criem situações que possivelmente os levarão a ter um rendimento aquém ou até mesmo a desenvolver disfunções e/ou lesões que podem incapacitá-los para correr.




Vamos correr, mas da maneira correta (ou pelo menos o mais próximo possível disso)!!!

Tirando a poeira!


Esse blog passou um tempinho sem ser atualizado, mas prometo me esforçar ao máximo para que isso não ocorra novamente, e já nesse reinício vou tratar na próxima postagem de um artigo sobre a relação entre a passada e a disfunção patelo-femoral em corredoras de rua.


Estamos de volta!!!

sábado, 24 de maio de 2014

Sabe de nada inocente?




Fisioamigos,

Hoje eu queria falar de um assunto que muito me intriga, que é o tal do "osso virado", um conceito estranho né, já ouviram falar? Bem, quem trabalha com terapia manual já deve ter ouvido bastante (e utilizado também, infelizmente). Esse tal "osso virado" é um termo muito comumente falado por pacientes que eu avalio e atendo, geralmente oriundos de outros profissionais, que quando vão explicar as origens da dor do mesmo, acabam por dizer que o problema se deve ao fato da vértebra X estar virada e que ele irá recolocá-la de volta, algo um tanto temeroso de se ouvir, pois sempre que ouço isso (e acreditem, é muito frequente) me vem a mente a imagem de uma luxação, sério! Como é possível uma pessoa estar com a vértebra "virada" e ainda assim conseguir se mexer??? Chegar com um grau de dor moderado (5 na escala EVA) se ela tem uma luxação, que fatalmente irá acarretar uma compressão (ou até mesmo a laceração completa) da medula espinhal. É, isso tudo passa por minha cabeça, mas apenas por relance, pois logo me recordo que esse problema de informação equivocada se deve por dois motivos principais:

1. A forma como as técnicas de terapia manual são passadas, aonde alguns professores reproduzem conceitos ultrapassados e equivocados de compreensão dos reais mecanismos de ação das técnicas.

2. A forma como os fisioterapeutas explicam as razões da disfunção (eu disse disfunção e não patologia, em outro post irei comentar um pouco sobre isso) do paciente, fazendo com que esse realmente acredite que seu osso rodou e que ele precisa ser "desrodado" (essa palavra nem existe!).






Me preocupa que colegas façam uso desses termos mirabolantes, que não agregam em nada a sua terapêutica, mas o que realmente me deixa apreensivo é a dúvida ser o profissional realmente acredita nessa disparidade ou se é a falta de aprofundamento nos estudos.




Ossos não viram e são desvirados assim facilmente, portanto fisioamigo que trabalha com terapia manual, não utilize esses termos, não faça papel de bobo, busque as referencias de sua área (que são enormes) e estude sempre, cada vez mais!



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quarta-feira, 21 de maio de 2014

V Congresso Brasileiro de Fisioterapia do Trabalho da ABRAFIT

ABRAFIT


No período de 21 a 24 de agosto de 2014 estará ocorrendo na cidade de Vitória (ES), o V Congresso Brasileiro de Fisioterapia do Trabalho da Associação Brasileira de Fisioterapia do Trabalho (ABRAFIT), que estará reunindo grandes nomes da ergonomia e da fisioterapia do trabalho.

Além do congresso, haverá também a prova de titulação de fisioterapeutas do trabalho, que será no dia 24 (domingo).

Clique aqui para acessar a página do V Congresso.

Abaixo estão os valores da inscrição do congresso, corram e aproveitem o desconto.


INSCRIÇÕES ATÉ 20 DE JULHO DE 2014

SÓCIOS ABRAFIT – R$250,00
ACADÊMICOS DE GRADUAÇÃO – R$230,00
PROFISSIONAIS NÃO SÓCIO ABRAFIT – R$450,00

INSCRIÇÕES DEPOIS DE 21 DE JULHO DE 2014
SÓCIOS ABRAFIT – R$280,00
ACADÊMICOS DE GRADUAÇÃO – R$250,00
PROFISSIONAIS NÃO SÓCIO ABRAFIT – R$500,00

VALOR DOS MINI CURSOS
SÓCIOS ABRAFIT – R$60,00 – cada mini curso
ACADÊMICOS DE GRADUAÇÃO – R$50,00 - cada mini curso
PROFISSIONAIS NÃO SÓCIO ABRAFIT – R$120,00 - cada mini curso